YUNG disse em relação aos arquétipos: "Na minha opinião é um grande equívoco
supor que a alma do recém-nascido
seja tabula rasa, como se não houvesse nada dentro dela. Na medida em que a criança vem ao
mundo com o cérebro diferenciado. predeterminado pela hereditariedade e
portanto individualizado, ela responde aos estímulos sensoriais externos, não
com quaisquer predisposições, mas sim com predisposições específicas,
que condicionam uma se-letívidade
e organização da percepção que lhe são próprias (individuais). Tais predisposições são comprovadamente
instintos herdados e pré-for-mações. Estas últimas são as condições apriorísticas e formais da apercepção, baseadas nos instintos. Sua
presença imprime no mundo da criança e do
sonhador o timbre antropomórfico. Trata-se dos arquétipos que determinam os rumos da atividade da fantasia,
produzindo desse modo nas imagens fantásticas dos sonhos infantis, bem como nos
delírios esquizofrênicos,
surpreendentes paralelos mitológicos, como os que também encontramos de
forma algo atenuada nas pessoas normais e neuróticas. Não se trata portanto de idéias herdadas, mas de suas possibilidades.
Não se trata também de heranças
individuais, mas gerais, como se pode verificar
pela ocorrência universal dos arquétipos".
sábado, 3 de janeiro de 2015
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