As postagens são feitas por nossa Comissão Científica. Podem ser próprias, adaptadas, transcritas de teóricos ou de sites científicos com publicações de novos estudos, e, teem a finalidade de informar e esclarecer alguns transtornos mentais. Não é diagnóstico final, portanto, procure o seu profissional ou o nosso espaço para maiores esclarecimentos em N. I./RJ com hora marcada: tel- 2669-7562 ou 9644-87280


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Equilíbrio emocional e Imunidade


A hipótese de que o o corpo é naturalmente orientado para a cura é vista com reservas. "Não acredito em mágicas" Avalia Marcelo Marcos Morales, presidente da Sociedade Brasdileira de Biofísica e professor da UFRJ, "Mas acredito sim, que o equilíbrio de nossas funções fisiológicas, proporcionado pelo equilíbrio emocional, alimentação saudável e uma vida regrada, possa propiciar o bom funcionamento do nosso organismo. Assim ele poderá responder mais adequadamente a injúrias a que estamos subordinados".

O cérebro humano continua sendo uma incógnita, mas é fato que as funções cerebrais desempenham papel fundamental na homeostase (equilíbrio das diversas funções e composições químicas do corpo). Os distúrbio psicológicos podem levar a alterações endócrinas que alteram o metabolimo e a neurofisiologia. "Alguns hormônios como os produzidos pela glândula adrenal nos casos de estresse podem diminuir a imunidade do organismo, levando ao aparecimento de doenças. Esse é apenas um exemplo, entre vários. Ao mesmo tempo, quando os distúrbios emocionais são evitados, preservamos o funcionamento adequado do organismo. Enfermidades podem até ocorrer mas com chances menores." Diz a bióloga e psicanalista Jane Sabino. "

Eis algumas dicas para manter-se mais saudável:

-Exercícios físicos ( Na Universidade de Miami, um estudo examinou os efeitos do exercício em situações difíceis. Para o teste, foram avaliados pacientes na hora que ficaram sabendo que eram HIV positivos. O que se observou foi que aqueles que se exercitavam regularmente eram mais imunes ao medo e ao desespero, o que segurou não apenas o seu equilíbrio emocional, mas seu sistema imunológico. Nessas pessoas as células de defesa que são altamente sensíveis às nossas emoções, continuaram trabalhando com força ou até mais agressivamente, ao contrário do que foi observado nos sedentários, que sofreram uma imediata paralisação na multiplicação dessas células.

-Ômega 3- Alimento para o cérebro emocional- O Papel dos ácidos graxos no organismo é fundamental, e isso inclui ômega 3. Esses ácidos o corpo não consegue fabricar e é um dos constituintes do cérebro. Por isso são a principal nutrição que o feto recebe pela placenta, fazendo com que as reservas da mãe caiam drasticamente nas últimas semanas da gravidez. Pode ser consumido através de peixes e mariscos. Estudos indicam também que podem inibir a atividade de células cancerosas. Na Neurologia explica-se a capacidade de ajudar a evitar a perda de memória associada ao mal de Alzheimer. Também há documentários cardiológicos mostrando que o ácido protege contra arritmias.

-Rotina do sono- O corpo no rítmo certo - Os sonhos, a temperatura do corpo, a secreção hormonal e a digestão são regulados de acordo com um ciclo de 24 h que depende da hora em que vamos dormir. É ele que causa o jet lag de quem cruza fusos horários: o período do sono das primeiras noites não correspondem ao ciclo do nosso relógio biológico. Enquanto isso, todas as funções corporais ficam desbalanceadas, o que coloca a saúde em risco. Uma rotina de sono desregrada afeta o metabolismo.

- Meditação: O estresse crônico produz ansiedade e depressão, além de ter impactos negativos no corpo: insônia, rugas, pressão alta, palpitações, dores nas costas, problemas digestivos, infecções crônicas, esterilidade e impotência sexual são alguns deles. A prática de meditação reduz os efeitos psicológicos e os físicos, afirma pesquisa da Universidade de West Virgínia, nos EUA.

-Afeto- Cura pelas boas relações sociais- O amor de parceiros, familiares, amigos é uma necessidade biológica. Inclusive a companhia de animais de estimação é comprovadamente um remédio para estabelecer o equilíbrio.

-Autoconhecimento- Pode ser conseguido em sessões de psicoterapia para viver melhor.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Cotidiano nosso de cada dia!

(Este texto pertence ao colega Dr. Emir Tomazeli em seu blog: Oficinamecânica.blogspot.com)

O comportamento hostil é mais simples do que o compotamento amoroso, logo mais frequente.

A irritação está por todos os lugares. O contato humano intenso estressa e passivos, insistimos em viver em aglomerados muito densos, onde as regras do viver são muito áridas e angustiantes. Tudo está por um triz! Por um nada a vizinha grita com o marido: maldiz, ofende. Ele revida, sem pudor e sem moral, usando o mais vil dos palavrórios, deixando claro que seu desejo é de que todos aqueles que o circundam compartilhem passivamente do desastre humano que ali se apresenta. Mais um amor fracassado, mais um casal que aceitou a degradação que o convívio desatento impões e obriga.

Carregamos em nossas costas o ânimo perturbado e levamos em nosso peito nosso espírito sempre arisco, disposto a uma contenda ou a uma fuga. (Emir Tomazelli- psicanalista do Instituto Sedes Sapientiae)

O gesto hostil requer apenas uma via de descarga, que é o agir, não carece de pensamento. O ato, a ação são próprios para isso: mexemos os músculos e nos livramos da tensão imediata acumulada- a inteligência ajuda a disfarçar a brutalidade maquiando a atitude manifestada. Por exemplo, a criança xinga a própria mãe. A mãe para revidar a brutalidade do filho, engole o sapo da raiva que lhe despertou e finge que o ama, mesmo que ele seja um estúpido com ela... Hum está feita a confusão! Ela fica desgastada pelo trabalhão que teve para conter-se e o garoto fica impune e equivocadamente cheio de razão. Egoisticamente certo. É aí que mora o perigo. A bondade materna se retorce transformando-se em tolerância, e o ato de brutalidade do pequenino infante é falsamente perdoado sob a rubrica pronunciada aos quatro cantos pela avó: " Mas gente! ele é só uma criança!". O cerco nesse ponto, se fecha e a ética que deveria ser orientada pelo que é o mais nobre vai pro vinagre e sofre um baque.

As vovós e alguns de nós preferimos uma negação psicótica da realidade e a produção de uma falsa bondade que propaga a proteção das mesmas crianças por quem, mais tarde, seremos espancados.

O agir de supetão ou do impulso não precisa da ajuda do pensamento. Infelizmente os atos agressivos são menos evoluídos que os que envolvem respeito, consideração, solidariedade.

Temos raiva à toa porque qualquer coisa que nos desorganize ou nos retire da chamada área de confronto - isto é, a área de não surpresa! - é suficiente para exigir de nós operações tantas e tão complexas que, para acessarmos esse nível, deveremos fazer um enorme esforço de adiamento, de contenção. Na verdade ninguém nos ensinou que o ato destrutivo já vem prontinho no Kit com o qual chegamos ao mundo ( continua Tomazelli) - este sim, é dádiva; nem que para sermos construtivos é necessário um esforço e uma capacidade de aprendizado e adaptação que de modo algum vem em um programa de fácil acesso. Longe de ser uma dádiva o amor e a fraternidade são conquistas, são batalhas vencidas no mundo diminuto do dia-a-dia.

Ter maturidade, saber esperar para permanecer calmo sem saber o que se está vivendo, ter serenidade para observar o que está acontecendo ao redor e paciência para formular pensamentos úteis em vez de fantasias que substituam a realidade são comportamentos que exigem muito de nós. Quanto mais infantis somos, mais raivosos, mais desrespeitosos. Quanto mais fechados em nosso narcisismo, menos sentido o outro humano tem.

Só mesmo pensando como Freud pensou o narcisismo, compreederemos que temos uma relação sensual e passional com nosso ego. Somos auto-apaixonados. Desejamo-nos mais que a qualquer um, estamos cegos ao outro pela que nossa autoconservação nos demanda. Damos muito menos do que podemos dar e do que teoricamente teríamos responsabilidade de dar. Mesmo que não façamos nada que aparente amor por nós, somos auto-devotados. Teimosos, renitentes, somos metódica e precisamente sempre nós mesmos, e impomos nossas regras ao outro; e se o outro não as aceita, impomos a ele o nosso desamor, o nosso ódio, o nosso rancor, nossa traição. Jogos egóicos, jogos menores, imposições do eu, esse é o mundo onde a raiva impera.

Há somente um caminho: desenvolvermos a fé em que darmos o melhor de nós nos faz melhor!