As postagens são feitas por nossa Comissão Científica. Podem ser próprias, adaptadas, transcritas de teóricos ou de sites científicos com publicações de novos estudos, e, teem a finalidade de informar e esclarecer alguns transtornos mentais. Não é diagnóstico final, portanto, procure o seu profissional ou o nosso espaço para maiores esclarecimentos em N. I./RJ com hora marcada: tel- 2669-7562 ou 9644-87280


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Síndrome de Down

Esta síndrome se caracteriza por um comprometimento vinculado ao excesso de material cromossômico no cromossomo 21 - de 2 para 3. E, com isso a pessoa apresenta sinais clínicos que o diferenciam da população chamada comum: olhos oblíquos, musculatura e ligamentos menos eficazes, comprometimento intelectual ao longo da vida, implantação baixa de orelhas, instabilidade nos joelhos, nas vértebras cervicais, problemas oftalmológicos, olhos separados. Mas, para nós o importante são os aspectos psicológicos. Eles aprendem muito bem, mas, diferente de nós, têm grande dificuldade em esquecer. Ou seja, aprendem e não desaprendem.. Por isso, a incidência de TOC. Exemplo: Houve um caso de um Down que sempre ia ao mesmo supermercado. Invarialvelmente o caixa não tinha troco e dava em balas. Certo dia, o Down juntou umas 50 balas, foi ao supermercado e comprou um refrigerante. Na hora de pagar, quiz dar as balas ao invés de dinheiro. Evidentemente, o funcionário não aceitou, mas ele não abriu mão.
Li o artigo do especialista em síndrome de Down, o Dr.  Zan Mustacchi, que diz: "As crianças com Down não são mais amorosas ou mais agressivas. Elas são resultado do ambiente em que vivem. São como qualquer outra criança." Diz ainda: "-Os portadores dessa síndrome têm 40% a mais de probabilidade de desenvolver o Alzheimer. Há estudos nesse sentido e já está sendo desenvolvido um medicamento para ser dado aos portadores da síndrome a partir da adolescência que tem por objetivo aumentar a capacitação de memória e protelar o aparecimento da doença de Alzheimer.
Essas crianças devem frequentar o ensino regular, até a adolescência, mas com acompanhamento e apoio paralelo, respeitando o conteúdo programático, com adaptações para suas necessidades. Segundo estudos, existe ainda a ocorrência de déficit de atenção e de distúrbios de conduta, entretanto, é mais marcante as manifestações de TOC, que são responsáveis por atitudes que a sociedade não entende.
Em relação ao sobrepeso, eles têm o intestino mais longo e hipotônico, absorvendo mais alimento, além disso, o que está mais ao seu alcance é o alimento e fazem poucos exercícios.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

FREUD E A RAZÃO



FREUD SEMPRE TEVE RAZÂO!


               Nas redes sociais e na imprensa circulou recentemente uma matéria intitulada: “Teoria de Freud é respaldada por escâneres cerebrais”. Cientistas da King’s College e da Universidade de Melbourne afirmam estar convencidos e dão razão ao psicanalista ao apontar que as lembranças reprimidas são a causa da histeria. Muitos vibraram e suspiraram aliviados; passados mais de 100 anos, finalmente o veredicto: a ciência reconhece a razão freudiana! Ora, ora, o próprio Freud foi além dessa dita razão! Triste de quem acredita que as coisas mais fundamentais da vida são da ordem do ver pra crer!
          Utilizando-se de scanners, os cientistas visualizaram o cérebro de pacientes portadores de conversão. No momento em que são levados a falar de seu passado, as imagens de ressonância magnética revelam uma mudança de fluxo sanguíneo para áreas específicas do cérebro: no caso dos pacientes com conversão, a área mais irrigada é o córtex pré-frontal, enquanto que nas pessoas “saudáveis”, o hipocampo é que é a parte do cérebro responsável pela formação das lembranças. Daí, a conclusão científica de que uma experiência traumática afeta o corpo de forma a alterar seu funcionamento normal. Dito de outro modo: o trauma cria outra fisiologia.

          As desordens apresentadas pelas queixas e sintomas femininos são muitas vezes interpretadas como “piti”. Será que encontrarão categoria nosológica para tal desordem? Não será surpresa se o próximo passo for a busca de uma droga que possa corrigir, de forma genérica, esse desvio de função. Isso poderia ser conseguido deletando de vez a memória indesejada ou, quem sabe, forçando que o fluxo sanguíneo fique no hipocampo, ou erradicando por meio medicamentoso a insatisfação feminina. Por esse caminho, surgirão soluções ortopédicas, totalitárias e pouco criativas.
         Especulações científicas fantásticas à parte, o fato é que estudos como esse realçam a genialidade de Freud. Ele, sendo médico neurologista de formação, debruçou-se sobre o que até hoje recebe certo desdém da medicina, para, em seguida, criar um tratamento para legitimar o desejo humano. Descobre que o corpo não respondia de forma padronizada as vias anatômicas fisiológicas. Entregou-se ao trabalho de construir um aparato para tratar aqueles de quem não subestimou o sofrimento. Consentiu com um saber que não se sabe. E, nesse propósito, serviu-se do que há de mais humano, a palavra. Apostou que se há uma palavra que nos adoece, também há outra, e no limite e ausência desta, a nossa “cura”. À frente de seu tempo, Freud não esperou para comprovar localização da histeria no cérebro. Ainda bem, nesses anos todos, quantas de nós ainda estaríamos nos contorcendo e nos debatendo. Isso sem falar em outros tantos sofrimentos que puderam ser tratados a partir dessa escuta inaugurada por ele. E, que nós hoje vivenciamos e temos a oportunidade de observar o desenvolvimento do trabalho psicanalítico e sua cura.