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domingo, 4 de outubro de 2009

A Complexa Ejaculação Precoce (EP)



Estudos epidemiológicos indicam que a ejaculação precoce( EP) apresenta uma prevalência estimada entre 16% e 38% em todas as faixas etárias da população masculina. Mesmo levando-se em consideração os avanços da medicina na pesquisa de medicamentos também no caso da EP, esta disfunção parece longe de uma solução definitiva. Dr. David Rowland, do departamento de Psicobiologia de Valparaiso University (EUA), diz que "A maioria das soluções para a EP, existentes ou em desenvolvimento, tem o foco apenas na questão sintomática, ou seja, trata o sintoma sem, contudo, oferecer uma melhora permanente do problema". Claudio Teloken, professor de urologia da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre diz em um artigo na revista Psique, que "È possível definir didaticamente as causas da EP de duas maneiras: ou o indivíduo nasce com o problema, e apresenta a disfunção assim que começam as manisfestações sexuais na adolescência, ou ela é adquirida. Esta última pode ter relação com doenças como hipertensão, diabete melitus e a própria disfunção erétil, e ainda, pode ser dquirida por causas psicológicas - A motivação pode ser a segurança, temor relacionado ao desempenho, (perspectivas de um desempenho irrealista)". Já para o Psiquiatra da UERJ, Luiz Augusto Brites Villano, no mesmo artigo diz: "Embora exista uma discussão sobre a possível existência de uma única causa biológica responsável por uma maior propensão para que o indivíduo desenvolva EP, o que se vê na prática clínica é que o problema está ligado a ansiedade".

Segundo Cassandra Pereira França- Psicanalista e autora do livro: Ejaculação Precoce e disfunção erétil- uma abordagem psicanalítica (editora Casa do Psicólogo), "O atendimento médico para EP aumentou, superando inclusive os casos de disfunção erétil, que antes predominava" Cassandra considera que isto se deve ao aparecimento do Viagra que é substância vasodilatadora. Ela acrescenta ainda que "essas drogas não ajudam em nada o ejaculador precoce, ao contrário, deixam-no mais frustrado, pois os outros ficam com maior tempo de ereção, e ele não consegue essa continuidade". Para ela, o acompanhamento com psicanalistas é uma grande opção de tratamento da EP: "A terapia vai depender de uma avaliação inicial do histórico do paciente, que identificará se a causa do problema é reativa- provocada por uma situação atual- por exemplo, crise financeira, desemprego; ou profunda- com a constituição ainda na infância. Na EP profunda podem estar por trás alguns problemas como o fato de o homem querer ter o prazer, mas querer que tal prazer seja muito rápido". Neste caso a disfunção até pode ser reativa em função, por exemplo, de um sentimento de raiva que ele desenvolveu pela parceira. Dessa forma fica muito difícil separar uma uma da outra, profunda da reativa, daí a importância do histórico para avaliar a extensão do problema na vida do homem."

Tratamento: Para tratar a maior das questões sexuais, usam-se técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental, em que o profissional reeduca, modifica resposta ao estímulo. Muitas vezes, (enquanto ele não aceita o divã, nos primeiros meses), ansiolíticos prescritos pelo urologista ou andrologista são associados a terapia.

Um comentário:

Maria Truccolo disse...

Olá! Vc faz referência a ansiolíticos, com o que concordo. Mas, o que quer dizer um urologista especialista em EP prescrever antidepressivos num caso destes? Grata!