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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Oniomania e shopaholics

Quando a compulsão por comprar se apresenta de forma severa, dá origem a um transtorno de controle dos impulsos denominado oniomania. Os portadores de oniomania, também conhecidos como shopaholics ou consumidores compulsivos, somam 3% da população mundial e se vêem frequentemente em situações nas quais não conseguem resistir à tentação de comprar. Chegam até a não cumprir compromissos financeiros essenciais para gastar com supérfluos. A gratificação e a satisfação obtidas pela compra não os permitem avaliar prejuízos enormes.
Uma pessoa é é considerada consumidor compulsivo se for incapaz de controlar o desejo de comprar e quando os gastos, frequentes e excessivos, interferem de modo importante em vários aspectos de sua vida. Antes de cometer o ato sobre o qual não tem controle, é comum que o shopaholic apresente sintomas de ansiedade e/o excitação. Já durante a execução do ato, experimenta sensações de prazer e gratificação. E, quando, por algum motivo, é impedido de comprar, costuma relatar sensações de angústia, frustração e irritabilidade. A maioria apresenta culpa, vergonha ou algum tipo de remorso ao término do ato.
O comprador consome apenas pelo ato de consumir e não pela real necessidade do objeto.
O Psiquiatra Leonardo Gama Filho destaca em um artigo na revista Psiquê a relação desses consumidores com outros transtornos. Ele diz que, "Compras compulivas podem ser encontradas com muita frequência no trantorno bipolar de humor na fase maníaca, de exaltação do humor, em que existem sentimentos intensos de alegria e otimismo com falta de capacidade para julgar com clareza as consequências dos atos cometidos; também podem ser encontradas em portadores do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), principalmente em pacientes com compulsões de colecionismo"
Embora a compulsão por compras possa estar relacionada a outros transtornos, alguns fatores presentes no dia-a-dia são facilitadores de compra descontrolada. Infelizmente, a maioria dos shopaholics só procuram ajuda quando as dívidas estão grandes e já acarretam problemas familiares, nos relacionamentos, em situações legais, ou até quando dão origem a episódios depressivos de intensidade importante. Em alguns casos os portadores do trantorno só chegam ao consultório trazidos por familiares, amigos ou o cônjuge.
Acredita-se que a origem do transtorno se deva a um déficit do neurotransmissor serotonina, que reconhecidamente proporciona menor ocorrência de impulsividade. Desta forma , o tratamento envolve além da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (Onde vai mostrar ao paciente que deve apenas possuir um valor limitado para os gstos mensais, até estabilizar as suas pendências não possuir cartões de crédito, cheques, etc), envolver também, em alguns casos, os agentes estabilizadores de humor.
Quando obtiver progressos, é dado a ele, paulatinamente o pleno controle sobre suas finanças.
Se você já começa a fazer "malabaismos" com as contas do mês, ou se já começa a mentir sobre a quantia verdadeira gasta nas suas comprar, procure ajuda.

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