As postagens são feitas por nossa Comissão Científica. Podem ser próprias, adaptadas, transcritas de teóricos ou de sites científicos com publicações de novos estudos, e, teem a finalidade de informar e esclarecer alguns transtornos mentais. Não é diagnóstico final, portanto, procure o seu profissional ou o nosso espaço para maiores esclarecimentos em N. I./RJ com hora marcada: tel- 2669-7562 ou 9644-87280


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Técnica Psicanalítica-Conceitos básicos- 1ª parte

A partir de hoje, vou enumerar alguns conceitos referentes a técnica psicanalítica para você, estudante ou analisando conhecer mais sobre o nosso trabalho; e, para você colega profissional, que pode estar em uma determinada corrente e não estar em contato com outras, admitindo por isso, conceitos diferentes:
1- O par analítico: Forma-se quando se dá a confiança total e irrestrita no terapeuta. A partir daí, começa efetivamente o tratamento, na medida em que o paciente passa a fornecer ao analista todos os subsídios para um futuro diagnóstico com alguma precisão. Ressalte-se que a formação adequada do par analítico reduz sensivelmente a intensidade da resistência, muito comum na terapia analítica. A confiança total no analista faz com que, mesmo resistindo, o paciente, em dado momento, mediante as técnicas adequadas, revele conteúdos traumáticos, o que não o faria em hipótese alguma numa situação normal de vida.
2- Transferência- Resposta afetiva dada pelo paciente ao analista. É uma decorrência natural da formação do par analítico. Por confiar irrestritamente no psicanalista e fornecer-lhe, consciente ou inconscientemente, todos os dados relativos à sua estrutura emocional, o paciente passa a estar numa espécie de estado de dependência. Ele então passa, desta forma, a nutrir em relação ao analista sentimentos libidinosos e, mais comumente, pulsões fraternais, como uma necessidade intensa de ternura e apoio. As manifestações de transferência são bastante importantes para o desenrolar do tratamento, requerem do terapeuta uma grande habilidade no sentido de transformá-las em benefício para o analisando. Elas costumam viabilizar as mais importantes revelações, capitais para a elaboração de um diagnóstico.
3- Contratransferência- Resposta afetiva dada pelo analista ao paciente. Também é normal e até saudável nas suas devidas proporções. É bastante razoável que, num processo íntimo de revelações como é a psicanálise, haja algum apego afetivo ao paciente. No entanto, isto não deve representar a quebra dos limites da relação terapeuta/paciente, restrita ao consultório. Vale lembrar que alguns excelentes profissionais jogaram fora suas carreiras devido a esse tipo de deficiência, que pode ser causada por problemas afetivos ou intelectuais da parte do psicanalista: complexo de Édipo não controlado ou não resolvido, má formação profissional, vida desestruturada no plano sexual, etc.
4-Analisabilidade- É normalmente no período de anamnese que o psicanalista tem condições de avaliar até que ponto aquele paciente é ou não analisável, isto é, se ele constitui ou não público para o tratamento psicanalítico. Antes de mais nada, convém lembrar que a psicanálise não se propõe a tratar pacientes com problemas estruturais: distúrbios mentais não adquiridos, parte integrante da estrutura cerebral deficiente de certos indivíduos. Na verdade, o público da psicanálise é o indivíduo "comum", que vive em sociedade e enfrenta dificuldades para encontrar o equilíbrio. Consequentemente, pode-se afirmar que qualquer pessoa com problemas mentais efetivos, estritos, não representa público para a psicanálise. Em contrapartida, qualquer pessoa com desequilíbrios afetivos ( que não são poucas) são pacientes em potencial do psicanalista.
Observe-se, em caráter complementar, que parentes, amigos ou pessoas que pertençam ao círculo de relações cotidianas do terapeuta também não são analisáveis por ele, por conta do grau de transferência e contratransferência que já existe anteriormente ao tratamento.
Obs: Esses conceitos continuarão em outro momento, e ainda: será publicada uma postagem sobre sonhos tão logo possa, pois há pessoas pedindo com insistência. Vale lembrar que não esquecemos das postagens pedidas.

domingo, 6 de abril de 2008

"Um dia você aprende"


Depois de algum tempo, você aprende a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma, que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança, porém com a experiência de um adulto e a simplicidade de uma criança. E aprende a construir sua estrada no hoje porque o terreno do amanhã é incerto demais para alicerçar os planos.


Depois de algum tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.


...Depois de algum tempo você aprende que não importa aonde já chegou, mas aonde está indo, mas se você não sabe aonde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e, que ser flexível não significa não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre exstem dois lados.


...Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a sí mesmo. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o que tem import^ncia são as pessoas e não as coisas.


...Aprenda, mas aprenda rapidamente, que nossas características pessoais podem ser nossas grandes virtudes, se forem lapidads. E, caso nos conformemos cem continuarmos do jeito que somos, aprenda que elas podem ser nossas inimigas, se nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar. Não tenha medo de tentar, mude o que for necessário...


William Shakespeare

A importância da Psicanálise nas sinápses neuronais




Os grandes estudiosos da mente humana atualmente defendem em congressos, os avanços da psicanálise:

1- Jonh Bowby em "teoria do apego" mostra que a mãe deve ser sufucientemente boa, que a criança tem ansiedade quando se afasta do cuidador. O que também está presente em outros animais;

2- Eric Kandel( prêmio nobel 2000): Para a aprendizagem: a experiência modifica as conexões neuronais: estimulação ambiental(...)modificação genética(...) síntese de novas proteínas(...) novas sinápses. Ou seja, as primeiras relações objetais são "inscritas" nas conexões neuronais e determinam um padrão habitual de relacionamento inter- pessoal ( repetição automática, sem recordação consciente).3-Lacan, Bion, Damásio: O tratamento analítico como um processo de aprendizagem- Interpretação - consciência de um padrão adaptativo- opção por um padrão mais saudável- repetição do padrão mais saudável- ( reforço positivo por parte do analista) - modificação da memória implícita.

4- Suzana Houzel: A neurocientista reafirma: a mente é um atributo do cérebro- As visões objetivas da neurociência, e, subjetivas da psicanálise são complementares.
Todos os grandes pensadores e psicanalistas e também neurociencistas comprovam a teoria do Freud e dizem que: Freud tinha razão em dizer que os reforços positivos através da associação livre de palavras, leva a modificação do cérebro. Ou ainda: A perlaboração psicanalítica com ajuste direto e seletivo de sinápses individuais.