O processo de reabilitação é extremamente sério e deve ser
abordado com muita cautela e critério, pois “Não existe ciência sem
consciência, e não se pode lutar contra a droga quando se tem uma visão
mecanicista do problema e quando a gente não interroga a respeito das
motivações dos que se tornam usuários” (OLIEVENSTEIN, 1982, p. 06).
Pesquisas indicam que a grande maioria dos dependentes químicos
começa o uso na adolescência, que segundo estudiosos, nesta fase do
desenvolvimento, esses adolescentes, em busca de sua identidade, estão mais
sujeitos a frustrações e também mais suscetíveis a influências e quando não
solucionado nesta fase tende a continuar quando adulto, que usam do vício para
suprir necessidades afetivas ou fugir dos problemas e das responsabilidades que
esta nova fase apresenta.
O consumo de drogas tende a aumentar cada vez mais para
satisfazer as necessidades levando o dependente químico à autodestruição, a
destruição da família e de todos que vivem ao seu redor, passando a controlar
esse dependente, que deixa de cumprir sua rotina atual e sem condições de
manter o vício, começa a praticar furtos dentro e fora da própria casa.
Segundo Bucher (1998, p. 78), “quando o drogado se decide por procurar
uma ajuda terapêutica, pode-se presumir que a sua motivação contenha um desejo
de mudança e de libertação das drogas”, pois sabemos que não é um processo
fácil, como nos apresentam Papalia, Olds e Feldman (2010, p.397) “alguns jovens
têm dificuldade em lidar com tantas mudanças de uma vez e talvez precisem de
ajuda para vencer os perigos ao longo do caminho”.
Sendo assim, quando o dependente químico decide procurar por ajuda,
chega ao local de reabilitação com seu estado emocional bem debilitado, tendo
como características: a irritabilidade, agressividade, mentiras, diminuição dos
cuidados básicos até mesmo de higiene, incluindo, perda de valores, depressão,
síndrome do pânico, esquizofrenia, entre outras, precisando neste momento de
toda atenção e acolhimento.
O tratamento psicoterapêutico + tratamento psiquiátrico é fundamental
para a reabilitação. Sozinho com a família não será possível.
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