É demasiado frequente nós terapeutas negligenciarmos nossos relacionamentos pessoais. "Nosso trabalho torna-se nossa vida" diz Irwin Yalom. No final do trabalho, tendo dado tanto de nós mesmos, sentimo-nos drenados de desejo por mais relacionamentos. Além disso, os pacientes são tão gratos, que nós rterapeutas corremos o risco de passarmos a apreciar menos os membros da família e os amigos, que não reconhecem tanto nossa presença. Frequentemente os terapeutas são criaturas solitárias, passando todo o seu dia de trabalho enclausurados em sessões a dois (um terapeuta e um paciente) e raramente vendo os colegas, a menos que façam um esforço tremendo para criar uma atividade de estudo em grupo em suas vidas. "E nós criamos", diz a Psicanalista- Jane Sabino. "Todos os meses, procuramos conduzir um seminário com os colegas do nosso espaço, para intergirmos e compartilhar conhecimentos. É uma atividade salutar, saímos regozijados!" Sabe-se que as sessões a dois são banhadas em intimidade, mas é uma forma de intimidade insuficiente para sustentar a vida do terapeuta
A visão de mundo do terapeuta é, por sí só, isoladora. Os terapeutas maduros vêem os relacionamentos de maneira diferente, algumas vezes perdem a paciência com o ritual e a burocracia sociais, não conseguem tolerar os encontros superficiais e fugazes e a conversa fiada de muitas reuniões sociais. Quando saem de seus locais para outro lugar ou viagem, evitam falar de suas profissões porque percebem reações distorcidas do público em relação a eles. Acham até que são capazes de ler a mente ou de apresentar soluções diversas aos seus problemas.
Freud aconselhou os terapeutas há mais de 60 anos, a voltarem a uma análise pessoal devido a freequente exposição e material reprimido primitivo, que ele equiparava a uma perigosa exposição de Raio X.
Portanto, é preciso criar formas de outos relacionamentos fortes para se ter "novas formas de escuta", diz Jane Sabino.
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