Freud conceituava resistência como sendo um tipo de movimento do eu contra o processo de rememoração do passado (feito pelo analista), pois a entrada desses materiais reprimidos (inconscientes) na consciência representaria uma ameaça à "estabilidade" do aparelho psíquico, não à toa que foram outrora recalcados.
Resistência são os obstáculos impostos durante a análise do paciente, segundo a psicanalista Jane Sabino que diz: "-Tudo que interromper o prcesso analítico é uma resistência. Nem sempre observada pelo analisando ou mesmo pelo analista. Os atrasos são uma forma de resistência, a falta de tempo para continuar a análise, a própria dor de cabeça sentida pelo analista também faz com que seja o analista o causador da resistência". Alguns analistas encaram a resistência como verdadeira inimiga da análise, outros, lacanianos por excelência, sabem que a análise segue com um mínimo de resistência, pois Lacan dizia que: "-É preciso um mínimo de resistência (resistência irredutível), não se deve invadir, não sugestionar. É cruel ser intempestivo. O analista não deve exercer o seu saber-poder sobre o analisante de forma intrusiva. Focalt diria: "-A força mesmo sendo afetada por outra, tem um potencial que é sua capacidade de resistência, inerente a si própria. Resistência é o que permite o confronto com a dominação. Onde não resistir não será mais força".