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domingo, 21 de setembro de 2008

Fobia Social (Transtorno de Ansiedade Social)

Essa imagem ( O Grito de Edward) caracteriza bem o TAS. A grande maioria das pessoas se sentem assim em situações sociais. Algumas, como falar em público, passar por uma entrevista de emprego, convidar alguém para um encontro são situações que podem fazer qualquer um sentir-se tenso ou tímido. Não há quem não conheça esses sintomas: o coração bate apressadamente, as mãos tremem e ficam úmidas, sente-se um frio na barriga...
Ansiedade social normal não é incapacitante e costuma passar rapidamente durante ou após o evento que gerou ansiedade. Algumas pessoas no entanto, tem um medo excessivo de ser avaliadas ou de ser o foco da atenção dos outros. Temem ser avaliadas negativamente, que os outros pensem que são incompetentes ou estranhas. Quando a ansiedade torna-se tão intensa que passa a atrapalhar as atividades do dia-a-dia ou os relacionamentos interpessoais ou causar o sofrimento intenso, o Transtorno de Ansiedade Social (TAS) provavelmente está presente.
O TAS é mais que timidez, é comum principalmente na adolescência, quando a pessoa passa a se preocupar com a imagem que os outros têm dela, e diminui com o passar dos anos para a maioria das pessoas. Timidez é uma ansiedade normal. O TAS é persistente. Muitas vezes o portador de TAS passa a se isolar e é tomado por uma sensação de solidão, de que os problemas são "só dele" e são "incompreensíveis para os outros". Isto não é verdade. O TAS acomete cerca de uma em oito pessoas. Mais comum na adolescência, mas pode começar em qualquer idade e afeta homens e mulheres aproximadamente na mesma proporção. Esconder sintomas por vergonha só piora e atrasa o início do tratamento. O TAS é um transtorno que tem tratamento. Com a ajuda de psicoterapia e/ou medicações, a ansiedade social deixa de ser um problema para a grande maioria dos pacientes.
A depressão e o abuso de álcool ou drogas são problemas que muitas vezes se somam ao TAS, pois o paciente se droga, se alcooliza ou se auto-medica de forma inadequada, para tornar-se "sociável". Mesmo que haja um alívio temporário, drogas e álcool ou medicamentos pode se tornar um outro problema na vida do portador de TAS. Quando isso ocorre, tratar o TAS é essencial para o tratamento do abuso ou dependência química.
Os tratamentos de Psicoterapia abrange principalmente a psicoterapia cognitivo-comportamental que consiste basicamente de:
-Psicoeducação- onde se aprende sobre os transtornos, causas e formas de superá-lo;
-Reestruturação cognitiva- levando o paciente a entender como seus pensamentos influenciam na ansiedade;
-Treinamento de habilidades sociais e Técnicas de relaxamento e Controle da Ansiedade- que tem por objetivo desenvolver as habilidades necessárias para um bom desempenho social e controlar os sintomas ansiosos;
-Exposição- Consiste no enfrentamento progressivo das situações temidas.
É importante ter uma expectativa realista sobre o tratamento. A melhora não é linear. Os Psicoterapeutas irão investigar sobre a sua história. A evolução do tratamento tem seus altos e baixos. O Objetivo do tratamento não é que nunca mais ocorra uma situação de embaraço ou constrangimento, mas justamente, que o medo de passar por uma situação embaraçosa deixe de ser um problema.
Estamos à seu dispor.